Cidade Antiga
DEPARTAMENTO DE CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS
Curso: Direito Semestre: 2°
Aluno: Marcos Vinicius Alves Santos
Disciplina: História do Direito
Professor: Alessandro Lessa
Fichamento
COULANGES, Fústel. A Cidade Antiga. Tr. Fernando de Aguiar. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998. (Paidéia)
Introdução:
As grandes transformações, de tempos em tempos surgidas na constituição das sociedades, não podem aparecer como efeito, nem do acaso, nem da força. A causa que as produz deve ter algo de poderoso, devendo residir no próprio homem. Se as leis da associação humana não são as mesmas da Antiguidade, o motivo está em que algo do próprio homem se transformou. Temos, efetivamente, algo do nosso ser a modificar-se de século em século: a nossa inteligência. A inteligência está sempre em evolução, quase sempre em progresso e, por esta razão, as nossas instituições e leis estão sujeitas às flutuações da inteligência do homem. O homem não pensa atualmente do mesmo modo como pensou vinte e cinco séculos atrás e, por isso, não se governa hoje pelas mesmas leis que então o regeram (p. 03).
A história da Grécia e as de Roma são testemunho e exemplo da estreita relação, que sempre existiu, entre as ideias da inteligência humana e o estado social de cada povo. (p. 03).
Se, remontando às primeiras idades desta raça, isto é, ao tempo em que este povo fundou as suas instituições, observaremos a ideia então concebida do que fosse ser humano, de vida, de morte, de segunda existência, do principio divino, notaremos uma íntima relação entre estes juízos e as regras antigas do direito privado, entre os ritos derivados destas crenças e as suas instituições políticas. (p. 04)
Livro I
Crenças Antigas
1.1. Por muito que remontemos na historia da raça indo-européia, de que as populações gregas e itálicas descendem, notamos não ter esta raça acreditado que tudo se acabasse com a morte, para o homem, depois desta curta vida. As mais