Troca de calor corporal
Muitos estudantes da área exata demonstram uma curiosidade maravilhada acerca da Biofísica, os motivos desta sedução são incontáveis. Talvez seja o mistério de estudar a vida, de desvendar algum truque do DNA, de ficar frente a frente com um anfíbio em seu ambiente natural, de ter um emprego vestindo branco em um hospital, de trabalhar em um lugar com mais meninas, ou de encontrar a cura de alguma doença grave e incurável que tenha ceifado a vida de um ente querido. A estes estudantes este artigo é escrito. Espero não os decepcionar, de antemão adianto que aqui encontrarão muitos caminhos, respostas e perguntas.
A impressão primeira oferecida pela Biofísica a um físico que por descuido se tornou professor desta disciplina foi a de um conjunto de conteúdos de biologia que para sua compreensão requer um conhecimento um pouco mais sofisticado de física. Paralelamente, quem tem o poder nos departamentos que lecionam Biofísica são biólogos ou médicos. Este pessoal, não muito familiarizado com física, acaba passando a bola do ensino desta disciplina para alguns poucos dentre eles que por aptidão, renúncia ou emprego público estável, se sujeitam a mexer com equações e os abstratos conceitos da física.
Antes de descrever o que se ensina na Biofísica, que é o tema deste escrito, permitam uma breve digressão sobre a física e o que um físico pode esperar de um ramo da física aplicada (afinal muitos talvez tenham em mente ser este o status da Biofísica). O curso de física nos faz pensar que existem disciplinas fundamentais: mecânica, eletromagnetismos, mecânica estatística ou quântica. Os currículos de graduação e pós -graduação enfatizam o caráter essencial destas áreas e somos todos conduzidos a imaginar, não totalmente sem razão, que podemos resolver um sem número de problemas usando conceitos e métodos da física. Assim acontece, por exemplo, com a física nuclear, o estado sólido, a astronomia, ou a física de plasma. Assim, em tese, se