Biofísica - Trocas de calor corporal
A busca do entendimento sobre os processos básicos que suportam e mantém a vida tem estimulado o estudo dos mecanismos orgânicos que produzem (termogênese) e que dissipam calor (termólise). O homem mantém, a despeito das variações da temperatura ambiente, a sua temperatura interna entre 36,7 e 37°C, quando medida da boca, ou entre 37,3 e 37,6°C para medições retais (Bligh, 1973). Isso se deve a existência de mecanismos reguladores que controlam eficientemente a produção e a eliminação do calor corporal. Em ambientes frios, o calor gerado no interior do corpo deve ser conservado, enquanto nos ambientes quentes deve ser dissipado para o meio. A temperatura interna do corpo depende, assim, desse balanço. Os animais que são capazes de controlar a própria temperatura interna são chamados homeotermos, como o homem, que produz calor corporal pela contração muscular (termogênese mecânica) e pelas reações bioquímicas (termogênese química). E a perda de calor humano, que ocorre através dos mecanismos de vaporização, radiação, convecção e condução.
Termometria clínica
A manutenção da temperatura interna na faixa fisiológica muitas vezes fica comprometida. Isso ocorre quando o corpo é exposto a ambientes muito quentes ou muito frios. Essas situações podem existir eventualmente ou ser comuns em determinadas profissões.
1. Estados patológicos associados à ambientes quentes Quando a temperatura externa é elevada, o calor gerado pelo metabolismo, a transferência de energia térmica do meio para o corpo e o poder isolante do vestuário podem quebrar o balanço entre a termogênese e a termólise, levando ao aumento da temperatura interna do corpo.
Insolação e Intermação
Ambos são provocados por exposição ao calor excessivo (sol ou lugares quentes e fechados).
Insolação: estado mórbido produzido por exposição excessiva ao calor do sol.
Intermação: história de exposição prolongada ao calor.
A vítima fica abatida, cansada e com sensação geral de fraqueza.