Texto, discurso e ensino
Elisa Guimarães traz definições para o termo discurso associado a outros como enunciação, pragmática e texto, o termo discurso é visto de várias formas, a autora deixa explícita que a intenção de sua obra é definir o discurso como um lugar de intermediação entre a língua e a fala e que o nível discursivo reúne dois tipos de traços:uns pertencentes ao sistema linguístico,que são as formas vazias que o sujeito usa para expressar o seu eu, e o outro tipo em que a fala configura e compreende o conjunto de princípios,por exemplo quando uma cultura reconhece como “discurso literário” ou como “discurso histórico”. Partindo daí, a autora usa várias definições para o discurso, uma delas é que possui duas modalidades: Como evento, que é o ato da fala, atualizada pelo sujeito. E como significação, o discurso alcança outras dimensões significativas e transpassa o momento em que é anunciado. Há também a superfície discursiva que é a posição em que se encontra o locutor, ou seja, uma posição do sujeito em uma estrutura social, ela cita o professor como exemplo, que possui o titulo de detentor do saber e isso permite que tudo que venha a dizer seja legitimado. O discurso é visto também como forma de interação que faz parte do funcionamento social. Posto que nossos discursos sejam a soma de vários outros discursos pelos quais já nos deparamos, nos livros que já lemos ou em outros discurso que já ouvimos, dessa forma fica bem claro que nenhum discurso é original de seu locutor, nosso convívio com a sociedade ou a memória coletiva da nossa história nos dá suporte para que peguemos termos de outrem com a finalidade de compor nosso repertório de ideias. Todo discurso é endereçado para um tipo específico de interlocutor, ele modela seu discurso para quem se destina, um discurso vai variar de acordo com sua área, seja ela na ciência, estética literária, sistemas do governo, seitas religiosas, etc. A língua e a linguagem no discurso