Análise do Discurso
Discursos no Ensino de Língua
Antigamente, via-se o texto como sendo objeto da linguística. A construção de textos seguia uma forma mais estrutural e menos dinâmica, não considerando a atividade verbal na produção de texto. Saussure queria que a Linguística fosse considerada como uma ciência, desta forma, ele considerava que a Linguística propriamente dita tinha como único campo de estudo a língua em si, excluindo as manifestações verbais.
Sendo assim, desde Saussure, vários estudiosos vieram a tentar abranger a língua em funcionamento, que foi de certa forma desprezada por aquele. Benveniste (1974) propõe uma teoria para a enunciação, atribuindo o funcionamento da língua como sendo um ato de vontade do sujeito em relação a um interlocutor:
É preciso ter cuidado com a condição específica da enunciação: é o ato mesmo de produzir um enunciado, e não o texto do enunciado, que é nosso objeto. Este ato é o fato do locutor que mobiliza a língua por sua conta.
Estes estudiosos na área de linguística contribuíram para novos estudos através de diferentes perspectivas. A desvinculação da linguística textual da gramática de texto traz a importância da emancipação da análise do discurso, tomando como parâmetro a análise do discurso francesa que se preocupava com a questão do sentido.
Ao conceituar a análise do discurso, Pêcheux (1997) afirma:
A Análise do Discurso – quer se a considere como um dispositivo de análise ou como a instauração de novos gestos de leitura – se apresenta com efeito como uma forma de conhecimento que se faz no entremeio e que leva em conta o confronto, a contradição entre sua teoria e sua prática de análise. E isto compreendendo-se o entremeio seja no campo das disciplinas, no da desconstrução, ou mais precisamente no contato do histórico com o linguístico, que constitui a materialidade específica do discurso.
De acordo com Pêcheux, o discurso, ao contrário do