Só o BC Contra a Inflação
GESTÃO EMPRESARIAL - GE ALPHA 29N
Só o BC Contra a Inflação
ANNA CAROLINA PEREIRA;
CARLA BENI
ECONOMIA EMPRESARIAL
Barueri
2014
Texto
“Só o BC Contra a Inflação”
Diante da inflação resistente, ainda longe da meta e sem perspectiva de grande redução em 2014, o novo aumento dos juros básicos, desta vez para 10%, veio sem surpresa para a maior parte dos analistas. Enquanto a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, insistem em dizer que a inflação está sob controle e dentro da meta oficial, os membros do Comitê de Política Monetária (Copom), responsáveis principais pelo combate à alta de preços, continuam fazendo seu serviço. Ao mesmo tempo, cuidam de sua imagem, um tanto prejudicada durante os quase dois anos de tolerância às pressões inflacionárias. Divulgada a curta nota oficial sobre a decisão, os economistas do mercado financeiro passaram a especular sobre os próximos lances da política de juros. Segundo alguns, ainda haverá, em 2014, mais um ou dois aumentos de 0,25 ponto porcentual. Segundo outros, a nota, mais sucinta que a da reunião anterior, indica o fim da nova escalada. Nada, no texto, dá segurança a qualquer das especulações, mas esse é o ponto menos importante. A questão crucial é outra: é hora de interromper as medidas anti-inflacionárias?
A maior parte das pesquisas tem apontado um recrudescimento da alta dos preços ao consumidor a partir de agosto. Nem os truques do Executivo - redução das contas de eletricidade, cortes de impostos sobre itens selecionados, contenção dos preços dos combustíveis e congelamento das tarifas de transporte urbano - têm impedido o aumento cada vez mais veloz do custo de vida. A aceleração dos preços no varejo tem ocorrido mesmo com o barateamento de produtos no atacado.
Visível há alguns meses, essa tendência foi confirmada na quinta-feira com a divulgação do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de novembro. O