A relação do homem com a natureza pode ser explicada de diversas maneiras. Na explicação mitológica, o homem dependia da natureza e dos deuses. Cuidava-se do meio ambiente porque, para qualquer mal que fosse praticado, haveria um castigo enviado pelos deuses. Outra forma de explicar essa relação é através dos filósofos da natureza, os quais tentavam explicar os fenômenos naturais e diziam que tudo o que existia vinha da natureza. Assim mesmo, continuavam a querer explicações para as transformações naturais; buscavam pela substância básica a partir da qual tudo era formado. Apesar dessa busca, ainda tinham receio das transformações naturais, pois agora elas não dependiam mais da vontade dos deuses; deveria existir algo que desencadeasse todas as reações na natureza. Essas mudanças na forma de compreender a natureza, ou seja, a natureza como tendo as repostas para as perguntas dos humanos, junto das novas invenções, tornam possível a Revolução Industrial, no século XVIII. Nesse período dá-se início à exploração e destruição do meio ambiente para a obtenção do lucro, sendo por isso uma inversão – o homem é que passa a comandar as transformações no meio ambiente. No século XXI tudo piora, pois a destruição é cada vez maior. Há menos matas, aquecimento global, aumento do nível do mar, natureza mais furiosa, extinção das espécies. O homem destrói cada vez mais e se dá conta de que os recursos naturais podem acabar. Nesse sentido, o economista Hugo Penteado fala que nós achamos que o ser humano produz alguma coisa, mas infelizmente ele não produz nada, apenas transforma; então, tudo o que está ao nosso redor veio da natureza. Não há como escapar disso. Nós também jogamos muita coisa fora, mas o planeta é fechado, nada vai fora; vivemos no meio disso. Transformamos o planeta num lixo conosco dentro. Aí surgem problemas: nós podemos destruir aquilo que não produzimos? Podemos destruir, mas não temos o direito de fazer isso. Só podemos destruir aquilo que produzimos, mas, se