Resenha Vigiar e Punir
Capítulo III – O Panoptismo Em 1975, Michel Foucault revolucionou a forma de pensar da sociedade ocidental. Por meio da sua obra, Vigiar e Punir, ele transcreveu a política vertente na época. O livro, dividido em quatro partes, entre elas: Suplício, Punição, Disciplina e Prisão, visa disciplinar os indivíduos frente à ordem requerida entre as vigências do poder. Nas suas 264 páginas, o que mais chama a atenção é a representação de um sistema de vigilância comportamental: O Panóptico. “Na periferia uma construção em anel; no centro, uma torre;”. A descrição do Panóptico já lhe sugere o fundamento: segregar as patologias da sociedade, excluir aqueles que são diferentes, para que estes, não contaminem o restante dos indivíduos “normais”. Os internos são separados por celas, onde não lhes é permitido à comunicação com qualquer outro detento, eliminando a possibilidade de complôs. Quer percebam ou não, eles são constantemente vigiados. A força exercida pela vigilância onipresente é que passa a disciplinar os indivíduos, que movidos pelo medo do desconhecido e pelo medo da punição, moldam-se no formato robótico do que lhes sempre é esperado e do que lhes é permitido. A mistura e a união são perigosas, o indivíduo deve preocupar-se apenas consigo mesmo e admitir ao seu redor apenas aqueles que se assemelham a ele, tornando-se, portanto também observadores. Peças cada vez mais numerosas e egoístas, prontos para denunciar qualquer outrem que escape do sistema. O Panóptico na conjuntura contemporânea é visto como as instituições de poder: hospícios, penitenciarias, asilos e etc controlam as repartições, corrigindo as anomalias ou ao menos as deixando fora de vista. As instituições de ensino como as escolas e as universidades desde os primórdios da infância implantam nos alunos os moldes aceitos atualmente, ensinam-lhes o que é certo e errado na visão do seu próprio conceito. As patologias