Vigiar e punir (resenha)
ANA FLÁVIA DA SILVA-1059474
SOCIOLOGIA DA SAÚDE MENTAL-PSICOLOGIA, 4°SEM.
FRANCA-SP.
2012.
RESENHA ACADÊMICA SOBRE A OBRA “VIGIAR E PUNIR”.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: história da violência nas prisões. 36°ed. Petrópolis: Vozes, 2004. “Vigiar e Punir” de Michel Foucault”, tem como principal objetivo explicitar a violência implícita nas formas de punições e castigos entre as épocas, o suplício dos condenados, o conceito de disciplina e ordem que quando frustrados acarretavam a essas punições degradantes à condição humana, o adestramento como termo de reabilitação de conduta assim como as estruturas prisionais. Essa degradação e humilhação é passível de ser vista logo no início da obra, quando o autor relata a história de Damiens. Damiens era um condenado que deveria pedir perdão em frente a Igreja de Paris, no ano de 1757. Faz parte deste cenário a tortura física em que o condenado é submetido, que inclui desde ter os membros do corpo amarrados e puxados por cavalos até o esquartejamento e queimaduras. Nota-se entre os gritos de dor do torturado, o suplício destinado às forças divinas, na tentativa de redenção e salvação. A influência da religião é um fator determinante na época, inclusive nas casas de detenção, como mostra o regulamento feito três décadas após a tortura de Damiens. Assim como a religião, a sistematização da ordem de cumprimento dos horários e tarefas na instituição de reclusão embasam a constituição , como pode ser visto em alguns artigos (Foucault, 2004, p. 10-11):
Art. 19.- A oração é feita pelo capelão e seguida de uma leitura moral ou religiosa. Esse exercício não deve durar mais de meia hora. (...) Art. 28.- As sete e meia no verão, às oito horas no inverno, devem os detentos estar nas celas depois de lavarem as mãos e feita a inspeção das vestes nos pátios; ao primeiro rufar de tambor, despir-se, ao segundo, deitar-se na cama. Fecham-se as portas das celas e os vigias fazem as rondas nos