Resenha Vigiar e Punir
Foucault abordou nesse livro a questão da punição frente ao sistema penal como conhecemos hoje, é um estudo cientifico sobre a evolução histórica da legislação penal e respectivos métodos coercitivos e punitivos, adotados pelo poder publico na repressão da delinquência, métodos que vão desde a violência física ate as instituições correcionais.
Para isso, o autor parte dos suplícios comuns aplicados aos criminosos, citando alguns trechos de sentenças comuns nos séculos XVII e XVIII. Trata-se de decepamentos, esquartejamentos entre outros mecanismos de punição que buscavam dar o exemplo para a população e mostrar que qualquer crime atingia a figura do soberano( qualquer ataque a figura real devia ser tratado com máxima brutalidade, de forma a manter inabalada sua onipotência).
Ao longo do tempo a dinâmica punitiva se altera com base no disolvimento do poder absolutista, fazendo emergir os aspectos cruéis dos suplícios. Lentamente, o crime passa a ser punido com a simples retribuição do ato cometido. Como exemplo, uma pessoa que tivesse esfaqueado outro deveria ser esfaqueado da mesma forma pelo carrasco, que não tinha direito de fazer o criminoso sofrer além do que havia sofrido a vitima.
Essas formas atenuadas mais brutais de punição foram somente uma transição para o surgimento da punição através do encarceramento, que a partir de meados do século XVIII veio substituir todas as penas aplicadas anteriormente. A intensidade do crime seria paga a sociedade somente através de um maior ou menor tempo de reclusão, através de uma legislação penal. Além disso, encarcerando passam a admitir o conceito de que o individuo deve ser reabilitado e reinserido na sociedade, e tal reinserção so seria possível mediante o trabalho nos presídios, que incluíram no encarcerado reflexões éticas acerca dos valor das formas de produção de bens matérias e consequente manutenção da vida humana.
Com base neste esquema teórico, Foucault entra em