Resenha vigiar e punir
Sobre a obra: Foucalt, Michel. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. 38ª ed. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2010.
O livro Vigiar e Punir apresenta um estudo do nascimento da prisão desde o século XVII a XIX. Foucalt traz a formação de poder através da hierarquia sob a forma de punição e a vigilância que é destinada a educar aqueles que descumprem as normas e leis de acordo com quem detém este poder, levando a construção de uma ideia construtiva de conversão do homem em máquina.
A primeira parte do livro fala do suplicio como uma punição corporal na qual não bastava punir tinha que ser exposto a todos os seus erros e flagelar o corpo até a morte para servir como exemplo para o povo saber que a hierarquia detinha o poder sobre suas vidas. As figuras dos carrascos e dos juízes ficaram detentos da culpa das punições exercidas na época. Com a redução do suplicio por uma punição mais branda como a morte por decapitação onde não se usava mais a imagem do infrator flagelado e sim uma punição velada onde não se via mais o condenado, mas sim seus crimes.
O poder exercido aparece em uma forma selvagem, cruel tornando evidente este poder irredutível. Na segunda parte do livro Foucalt o tema é a punição que é o meio encontrado do poder para corrigir as pessoas através do controle de seus corpos. O comprimento da lei serve como um direito de defesa da sociedade. A prisão vem com o fim de modificar as pessoas, é para o autor uma instituição de sequestro. A prisão para o autor não é uma punição já que para punir alguém deve ser pela morte, pelas marcas a serem deixadas.
Na terceira parte Foucalt trás as instituições como forma de controlar a sociedade através da vigilância e da punição. Está vigilância que podemos nas entidades como prisões, hospitais, escolas e indústrias. Jeremy Bentham trás uma estrutura chamada de Panóptico como ferramenta de disciplina e correção, sua estrutura possui o formato de um anel onde fica a construção,