Título da resenha: Introdução à retórica Inicialmente o autor afirma que a definição do tema não é fácil de ser apresentada, devido ao fato do termo ter assumido sentidos distintos. Para o senso comum, considera-se que retórica é algo falso e artificial. No começo dos anos 60, acadêmicos devolveram a nobreza que anteriormente era atribuída ao tema, todavia não se teve uma única concepção, restando pois duas posições distintas. A primeira corrente, defendida por Perelman, Olbrechts-Tyteca defende que a retorica é uma arte, a arte de argumentar, possuindo o objetivo de convencer. A segunda corrente, defendida por Morier, Genette considera que a retórica é um estudo do estilo, das figuras, tendo a função de tornar um texto literário. Entende-se que o discurso é formado por toda produção verbal, formado por uma frase ou sequencia delas, que apresente sentido. Nesse momento o autor propõe a definição de retorica como a arte de se persuadir pelo discurso. Não sendo aplicada a qualquer discurso, mas mormente nas situações em que se tem a intenção de persuadir. Aceitando que o seu objetivo é o de persuadir, necessário se faz lançar mão da definição de persuadir, pode-se entender que persuadir é fazer com que alguém acredite, creia em algo. Logo surge distinção entre persuadir e convencer, sendo que a última se consiste em fazer com que alguém compreenda algo. No entanto quando alguém é compelido a fazer algo mediante promessa ou ameaça não se pode afirmar que é retórico, pois, não houve uma argumentação que fizesse a pessoa a crer na outra. O termo retórica possui uma tradução grega techné, a qual designa uma habilidade que é espontânea e também uma competência que pode ser adquirida. Sendo assim, a retórica passa a ser uma arte que pode ser aprendida, por meios de técnicas de expressão e comunicação. Contudo o verdadeiro orador é considerado com um artista, pois possui a habilidade de utilizar argumentos e figuras mais eficazes do que as imaginadas por outros.