Rei Lear

Willian Shakespeare

Rei Lear – Tradução: Pietro Nassetti. Martins Claret: São Paulo, 2007.

Rei Lear decide partilhar seu reino, para tanto, resolve avaliar o amor e a gratidão de suas filhas, suas expectativas são preenchidas por Regane e Goneril, todavia, Cordélia não demonstra o amor esperado pelo seu pai, sendo expulsa do reino, levada pelo Rei da França, sem nenhum dote ou honrarias. No momento em que Rei Lear decide expulsar Cordélia do seu reino, Duque de Kent intercede por ela e também é banido do reino, porém, posteriormente Kent retorna disfarçado ao reino de Lear.

Do mesmo modo, o Conde de Glocéster acredita ser vítima da ingratidão de seu filho legítimo Edgar, e que este tem plano de matá-lo. Esta trama foi tecida pelo filho bastardo de Glocéster: Edmundo.

Paralelamente, em uma constante rede de intrigas, traições, disputas de egos e vaidades, Rei Lear acaba por cair na armadilha arquitetada pelas filhas que juraram amor e devoção ao seu pai, arrependendo-se da expulsão de sua filha Cordélia, que na verdade, foi a única a externar com sinceridade seus sentimentos.

Diante de seu arrependimento e da descoberta das verdadeiras intenções de suas filhas Regane e Goneril, Lear volta sua fúria contra as filhas ingratas, que o acusam de estar velho demais para comandar seu reino.

Para Rei Lear, restou a companhia do “bobo”, que tentava animá-lo com suas frases e histórias, embora também vagasse pelo sofrimento e pelo mesmo desamparo de Lear, todavia, procurava sempre aliviar o espírito do Rei que estava tomado pela angústia e pela tristeza.

A verdade é que ao escolher as filhas erradas para sua sucessão, banindo Cordélia de seu reino, Lear profere uma sentença contra si mesmo. Deste modo, não há ninguém que possa animá-lo ou salvá-lo das escolhas que fez no passado. Ao constatar que havia tomado decisões erradas, Lear tenta corrigí-las, quando sua filha Cordélia retorna ao reino.

Por outro lado, Edmundo, o filho bastardo de Glocéster