Questões sociais que envolvem o deficiente auditivo e o mercado de trabalho
• RESUMO: O objetivo desta pesquisa foi aprofundar os conhecimentos sobre a realidade do deficiente auditivo frente ao mercado de trabalho. Para tanto foi analisada a classificação socioeconômica, o grau de escolaridade, o acesso ao mercado de trabalho pelo deficiente auditivo de 16 a 21 anos e o conhecimento do mesmo sobre a legislação. A pesquisa foi exploratória e descritiva, sendo entrevistadas 68 pessoas atendidas da área de Saúde Auditiva do HRAC/USP/Bauru. De acordo com os resultados, a maioria dos casos (46; 67,65%), era de escolaridade até o Ensino Médio Incompleto, pertencia à classe socioeconômica Baixa Inferior (36; 52,94%) e apresentava perda auditiva neurossensocial de grau profundo bilateral (24; 35,29%). Estavam fora do mercado de trabalho 46 (67,65%) entrevistados e uma parcela significativa destes (27; 58,70%) referiu desconhecer seus direitos e a legislação. Concluiu-se que é necessária maior divulgação das políticas públicas e da implantação de programas específicos educacionais e profissionais, para que os deficientes auditivos desenvolvam suas habilidades e tenham melhores chances de colocação no mercado de trabalho, favorecendo sua inclusão e o exercício da cidadania. PALAVRAS-CHAVE: Deficiência Auditiva; Mercado de Trabalho; Legislação.
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Introdução O Hospital de Reabilitação e Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC/USP), conhecido como Centrinho, fundado em 1967, na cidade de Bauru/SP, tem por finalidade o ensino, pesquisa e a prestação de serviços a pessoas
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Assistente Social do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC/USP), Bauru, SP, Brasil. E-mail: ueppublicacao@centrinho.usp.br. ** Diretora Técnica de Serviço do Centro de Distúrbios da Audição, Linguagem e Visão