A Surdez

A Surdez.

Desde meados da década de 90 do século passado, a educação em biossegurança vem despertando interesse por parte das instituições de ensino, instituições da área da saúde, empresas, entre outros, no que se refere à capacitação de recursos humanos. Tal fato ocorre, por ser a biossegurança uma temática com forte apelo de mídia, pelo fato de envolver questões relativas à promoção e prevenção da saúde humana e ambiental, nos contextos da segurança química, física e biológica (Costa e Costa, 2002). Além disso, as inter-relações éticas, sociais, religiosas, ideológicas, políticas e econômicas que perpassam a biossegurança, a tornam um grande atrativo por parte de profissionais já inseridos no mercado de trabalho, e de outros que ainda buscam seus espaços, e que de alguma forma necessitam dos seus conhecimentos. É neste contexto que se insere este artigo, que tem como objetivo relatar a experiência desenvolvida no Centro Federal de Educação Tecnológica – CEFET-RJ, com um curso básico de biossegurança em saúde para alunos surdos, visando incentivar pesquisas e ações políticas voltadas para a inclusão de pessoas que ainda não estão inseridas nos processos produtivos da sociedade. Este estudo faz parte das atividades da linha de pesquisa Educação em Biossegurança, do Grupo de Estudos Interdisciplinares sobre Riscos Ocupacionais e Ambientais, da Fundação Oswaldo Cruz - RJ.

O trabalhador surdo: A inserção dos surdos no mercado de trabalho, encontra, segundo Klein (1998), barreiras nos diferentes espaços socioculturais e também no reconhecimento da sua própria identidade.
Essas barreiras, geradas, em grande parte, pela cultura empresarial da linguagem falada e pela falta de divulgação das potencialidades desse trabalhador, dificultam a integração dos surdos nas atividades laborais, e tem sido um desafio para os estudiosos desta complexa tarefa, até porque, a carência de estudos acadêmicos sobre esta temática, é um fato notório. Destaca-se, e é necessário