Surdez
Muitas vezes, a surdez é congênita, ou seja, existe desde o nascimento. Sua causa pode ser hereditária ou não. Doenças da mãe na gravidez (como rubéola, sarampo, varicela, diabetes e alcoolismo), medicamentos que estavam sendo tomados e complicações de parto (nascimento prematuro, falta de oxigênio) podem deixar o bebê surdo.
Por trás de metade dos problemas auditivos congênitos há algum fator genético. A surdez é mais comum em certas famílias devido a alterações e mutações de determinados genes. Essas alterações no DNA são herdadas de um ou dos dois pais e podem ser transmitidas para os descendentes, o que explica a existência de famílias com vários membros que têm dificuldade de audição. Até agora os cientistas já catalogaram mais de 400 tipos de surdez hereditária, mas ainda se sabe muito pouco a respeito dos genes que as provocam. Na última década, os geneticistas localizaram mais de 100 deles e descreveram a estrutura de 50 fragmentos genéticos que causam problemas em nível celular e bioquímico, principalmente na cóclea. Os cientistas conseguiram informações úteis a respeito de dez deles. Um dos genes mais estudados é o Cx26, com mais de 60 alterações identificadas. Ele é responsável por 40% dos casos de surdez profunda congênita.