psicologia na educação
Maria Beatriz Peixoto Tuchtenhagen
Gabriel Chittó Gauer Resumo: Realizar uma reflexão a propósito das manifestações psicopatológicas do déficit de atenção e de hiperatividade, a partir de um referencial psicanalítico, compreendendo estes comportamentos das crianças dentro do contexto sócio-cultural de hoje. Demarcar as diferentes formas de abordagem da problemática a partir das idéias de autores que trabalham a questão sob a visão do paradigma neurobiológico e do paradigma psicanalítico. Busca-se no presente estudo analisar e entender com maior profundidade o sentido dessas manifestações de agitação, impulsividade e desatenção encontradas com tanta freqüência nos tempos atuais. Palavras chaves: Psicanálise, Transtorno, Déficit de Atenção, Hiperatividade.
Introdução O estudo da problemática do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) tem se tornado cada vez mais frequente em nosso meio por ser esta uma questão polêmica e complexa, bastante presente nos dias atuais.As pessoas, em geral, têm uma idéia e noção do que se quer referir, quando se pronunciam as palavras hiperatividade e déficit de atenção, pois são termos de senso comum, e hoje é grande o acesso às informações sobre o assunto. A imprensa, tanto a falada quanto a escrita, tem veiculado dados sobre a temática, existindo, assim, uma variedade de reportagens em revistas, jornais e até sites com explicações, orientações e dicas de como identificar, abordar e tratar crianças com hiperatividade e déficit de atenção. O que demonstra certa “trivialização” do tema.
Pesquisas indicam que 3 a 5% das crianças em idade escolar sofrem de hiperatividade e déficit de atenção (Goldstein & Goldstein, 2004; Schwartzman, 2001). Alguns autores, como Goldstein e Goldstein (2004), acreditam que esta “explosão” de crianças diagnosticadas como hiperativas e com déficit de atenção, nos últimos anos, se deve ao fato de, até então, se ter pouco