Práticas performativas
Teatralidade e ensino da língua inglesa
Reflexão crítica
Área curricular
Artes performativas na relação educativa
Orientação: Professora Doutora Maria Eduarda Margarido Pires
Mestrado em Supervisão Pedagógica e Formação de Formadores
Aveiro 2012
Maria Helena Soares de Oliveira Lestre - Teatralidade e ensino da língua inglesa
“All the world’s a stage, and all the men and women are merely players”
William Shakespeare
No ensino das línguas, parece-me fundamental a exploração das artes performativas, das suas técnicas e potencialidades expressivas, como forma de desenvolvimento de competências comunicativas, pessoais e sociais.
A natureza eminentemente comunicativa destas áreas disciplinares impõe à escola do século XXI, práticas de contextos reais de aprendizagem, que só podem ser reproduzidas através da dramatização, de modo a que alunos e professores sejam efetivamente capazes de entender a língua inglesa, nas suas diversas vertentes
(literária, profissional ou quotidiana), e se encontrem preparados para as exigências de uma sociedade cada vez mais competitiva e globalizada.
Neste sentido, abordarei algumas propostas de desenvolvimento curricular desta área disciplinar em interação com as artes da representação teatral.
Desde a Antiguidade Clássica, o drama é entendido como género literário, obedecendo, no início, a premissas aristotélicas e a princípios de composição universais, designadamente o conflito, o diálogo, o espaço e o tempo e as personagens. O teatro é indissociável de um outro universo, o das artes performativas e, como tal, apresenta especificidades que o destinam à representação. É precisamente pelo facto de apresentar duas dimensões distintas, a verbal e a performativa, que o texto dramático é um elemento facilitador da aprendizagem pois valoriza a experiência de papéis sociais, através da representação de personagens, propiciando a autodescoberta, a criatividade e a