Ilhas de História
Autores pós lévi-strauss vão tentar trabalhar os temas – como a prática – que ficaram em segundo plano. A concepção de história de lévi-strauss é meio geológica e correlaciona sincronia e diacronia. Sahlins tenta introduzir o processo, a história processual e, desse modo, pensar as transformações na estrutura. Ele introduz a dimensão histórica na compreensão cultural. Prática, cultura e história são por vezes sinônimos e separá-las geraria ainda mais problemas.
Existiria o plano da estrutura e o das práticas (acontecimentos, fatos), que seriam reproduções da estrutura e, concomitantemente, sua transformação. A história não é somente uma sucessão de acontecimentos, mas um processo de reprodução da estrutura. Pelas relações de contraste é que se produz a história. Sahlins tenta criar uma tipologis (ideal-típica), opondo sociedades prescritivas e sociedades perfomativas.
Sociedades prescritivas: frias; modelos mecânicos, nega o contingente e o novo não é assimilado pela cosmologia.
Sociedades performativas: quentes; modelos estatísticos; sociedades que assimilam o contingente e, deste modo, se adaptam e vão se transformando.
“Tudo acontece como se nada tivesse acontecido” (Sahlins)
A ação pode criar um novo padrão e, portanto, a estrutura não é fixa e definitiva. O acontecimento pode mudar a estrutura, mas não são todos eles que têm essa capacidade. Um evento (não é um simples acontecimento) tem significado histórico quando transforma a estrutura. Um acontecimento só tem sentido quando relacionado a outros (O Pensamento Selvagem – capítulo 9). Deve ser estabelecido um sistema e, a partir daí, observar seu funcionamento.
Em “Ilhas de História”, quando chega no Havaí, Cook é confundido com um deus que estava para voltar e, a partir daí, uma série de relações são modificadas. Como deus, ele é agraciado com mulheres, que agem de maneira performativa. Os vínculos com os antepassados vão sendo refeitos interessadamente. Quando as mulheres