Processo legislativo ordinário
O respeito ao devido processo legislativo na elaboração das espécies normativas é um dogma corolário à observância do princípio da legalidade, consagrado constitucionalmente, uma vez que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de espécie normativa devidamente elaborada pelo Poder competente, segundo as normas de processo legislativo constitucional, determinado, desta forma, a Carta Magna, quais os órgãos e quais os procedimentos de criação das normas gerais, que determinam, como ressaltado por Kelsem:
“não só os órgãos judiciais e administrativos e o processo judicial e administrativo, mas também os conteúdos das normas individuais, as decisões judiciais e os atos administrativos que devem emanar dos órgãos aplicadores do direito”
O desrespeito às normas de processo legislativo constitucionalmente previstas acarretará a inconstitucionalidade formal da lei ou ato normativo produzido, possibilitando pleno controle repressivo de constitucionalidade por parte do Poder Judiciário, tanto pelo método difuso quanto pelo método concentrado.
Como se verifica da leitura do art. 59, CF, as espécies legislativas autorizadas pela Norma fundamental são: Emendas Constitucionais, Leis Ordinárias, Leis Complementares, Medidas Provisórias, Leis delegadas, Decretos Legislativos e Resoluções; vejamos abaixo, as fases do processo legislativo.
O processo legislativo ordinário desdobra-se em quatro fases: fase da iniciativa, fase constitutiva, fase da deliberação executiva e