Processamento de Tomates
ABH. S8446-S8454.
Cultivares de tomate com características agronômicas e industriais para a produção de atomatados
Paulo César Tavares de Melo
USP-ESALQ – Depto. De Produção Vegetal, Av. Pádua Dias 11, CEP 13418-900 Piracicaba-SP, Mestrando em
Fitotecnia, e-mail: paulomelo@usp.br
INTRODUÇÃO
O setor de agroprocessamento de tomate brasileiro tem apresentado crescimento sustentado nas duas últimas décadas em termos de produção e de rendimento. Entre 2005 e 2010, a produção média alcançou 1,3 milhão de toneladas e a produtividade passou de 76,0 t/ha em 2005 para 85,4 em 2010, um incremento de 12%. Em 2010, o Brasil assumiu a quinta posição entre os 10 maiores produtores mundiais de tomate industrial com uma produção de 1,8 milhão de toneladas, área colhida de 21,3 mil hectares e rendimento médio de 85,4 t/ha, configurando um recorde histórico.
A agroindústria do tomate no Brasil foi iniciada em 1914 no agreste de Pernambuco e em seguida foram estabelecidos os pólos de processamento do tomate do estado de São Paulo na década de
1940 e o do submédio São Francisco, a partir de meados dos anos 1970. No entanto, o setor teve grande impulso a partir da segunda metade da década de 1980 quando a região sob Cerrado (GO e
MG), no Centro-Oeste, despontou como a nova fronteira de expansão da cultura do tomate para fins de transformação industrial. Na atualidade, o estado de Goiás consolidou-se como o maior pólo de agroprocessamento de tomate da América do Sul. A safra goiana de tomate rasteiro em 2010 alcançou 17,2 mil hectares, produção ao redor de 1,5 milhão de toneladas, equivalente a 80% da produção total do país e rendimento médio de 85 t/ha.
A condução de ensaios de observação de cultivares de tomate rasteiro permite a identificação de
genótipos