Princípios do Júri

1128 palavras 5 páginas
20.8. Procedimento de competência do Júri popular
20.8.1. Breve histórico
O Júri foi disciplinado em nosso ordenamento jurídico pela primeira vez pela Lei de 18 de junho de 1822, a qual limitou sua competência ao julgamento dos crimes de imprensa. Com a Constituição Imperial, de 25 de março de 1824, passou a integrar o Poder Judiciário como um de seus órgãos, tendo sua competência ampliada para julgar causas cíveis e criminais. Alguns anos depois, foi disciplinado pelo Código de Processo Criminal, de 29 de novembro de 1832, o qual conferiu-lhe ampla competência, só restringida em 1842, com a entrada em vigor da Lei n. 261.
A Constituição de 1891 manteve o Júri como instituição soberana. A
Constituição de 1937 silenciou a respeito do instituto, o que permitiu ao
Decreto n. 167, de 5 de janeiro de 1938, suprimir esta soberania, permitindo aos tribunais de apelação a reforma de seus julgamentos pelo mérito. A Constituição democrática de 1946 restabeleceu a soberania do Júri, prevendo- o entre os direitos e garantias constitucionais. A Constituição de 24 de janeiro de 1967 também manteve o Júri no capítulo dos direitos e garantias individuais, e a Emenda Constitucional n. 1, de 17 de outubro de 1969, manteve a instituição no mesmo capítulo, mas restrita ao julgamento dos crimes dolosos contra a vida.
Na atual Carta Magna, é reconhecida a instituição do Júri com a organização que lhe der a lei, assegurados como princípios básicos: a plenitude do direito de defesa, o sigilo nas votações, a soberania dos veredictos e a competência mínima para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida.
O Júri na atual Constituição encontra-se disciplinado no art. 5º, XXXVIII, inserido no Capítulo Dos Direitos e Garantias Individuais. Sua finalidade é a de ampliar o direito de defesa dos réus, funcionando como uma garantia individual dos acusados pela prática de crimes dolosos contra a vida e permitir que, em lugar do juiz togado, preso a regras jurídicas, sejam julgados pelos

Relacionados

  • Princípios Constitucionais do Júri
    2595 palavras | 11 páginas
  • PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO TRÍBUNAL DO JÚRI
    5334 palavras | 22 páginas
  • Principios constitucionais do tribunal do juri
    10358 palavras | 42 páginas
  • O principio inconstitucional do in dubio pro societate no tribunal do juri
    1237 palavras | 5 páginas
  • Definições de Alguns Princípios, Tribunal do Juri, Inquéritos e Instrução Criminal
    856 palavras | 4 páginas
  • TRIBUNAL DO JÚRI: INFLUÊNCIA MIDIÁTICA LESIVA A PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS E PROPOSTA DE SOLUÇÃO
    17615 palavras | 71 páginas
  • A INFLUÊNCIA DA MÍDIA NA VIOLAÇÃO DO PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DA INOCÊNCIA DIANTE DE CRIMES SOB COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DO JURI.
    1423 palavras | 6 páginas
  • A OBSERVAÇÃO DO PRINCÍPIO DO IN DUBIO PRO REU NA EXIGÊNCIA DE UNANIMIDADE NO PLEITO DO JÚRI: CONSERVAÇÃO DA CERTEZA DE CULPA COMO GARANTIDOR DA SUPRESSÃO DA LIBERDADE COMO ÚLTIMA RATIO.
    2606 palavras | 11 páginas
  • Os limites da Revisão Criminal nos processos de competência do Tribunal do Júri
    3504 palavras | 15 páginas
  • Tribunal do Júri
    3000 palavras | 12 páginas