Portas lógicas
Expectativas da economia
O ano de 2014 vai colocar o Brasil em evidência no cenário internacional. Além de celebrar uma nova Copa do Mundo de futebol depois de 64 anos, o país vai passar por eleições majoritárias. Mais de 140 milhões de brasileiros, de acordo com o Tribunal Superio Eleitoral, irão eleger um novo presidente, o seu vice, os governadores e vices de cada estado, além de deputados federais e senadores, também divididos por estados. As expectativas dos economistas dos bancos para a economia brasileira pioraram devido ao boletim Focus, relatório divulgado pelo Banco Central com as estimativas das instituições financeiras, a previsão para o PIB deste ano ficou menor, enquanto a estimativa de inflação cresceu.
A tarefa assume contornos ainda mais dramáticos, já que a população pressiona para que os gastos bilionários com o evento deixem um legado palpável além de estádios novos e reformados. Os jogos têm o potencial para atrair protestos massivos, assim como aconteceu na Copa das Confederações, quando mais de 100 mil pessoas marcharam em direção aos estádios.
A inflação é outra preocupação constante do Governo Federal. As últimas projeções de 2013 colocam o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 5,73%, bem acima do centro da meta estimada pela União, em 4,5%. Para 2014, o mercado projeta índices ainda mais elevados, de 5,98%. Pelo sistema que vigora no Brasil, o BC tem que calibrar os juros para atingir metas preestabelecidas, tendo por base o IPCA. Para 2014 e 2015, a inflação tem de ficar em 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.
A perspectiva do mercado financeiro é que a alta de juros do Banco Central, não seja a última elevação no ano da taxa básica da economia brasileira que vem avançando desde abril do ano passado para conter pressões inflacionárias.