PRECONCEITO LINGUÍSTICO EM SALA DE AULA
Este trabalho visa a demonstrar que há um forte preconceito lingüístico no Brasil que apesar de ser um país rico em diversidade étnico-sócio-econômica e por isso rico em culturas diferentes; ainda não se consegue aceitar plenamente as diferenças lingüísticas existentes no país.
As elites escolarizadas, na realidade, não levam em conta a linguagem que tem como função principal (e que deveria ser única) a comunicação; mas sim, fazem dela, instrumento de discriminação, porque os falantes da variedade não padrão (“considerada, por alguns, errada”), são os indivíduos que compõe o povo brasileiro, em sua maioria: pobres, negros ou mestiços, analfabetos e ou analfabetos funcionais.
Nesse caso, pretende-se demonstrar que a língua é apenas um pretexto para que se consiga discriminar aqueles que a desempenham de tal maneira, impedindo com isso, muitas vezes, sua ascensão social e profissional, dificultando seu exercício da cidadania plena.
Este trabalho foi dividido em quatro capítulos, sendo que o primeiro capítulo apresenta a fundamentação teórica; o segundo, o movimento de formação da Língua Portuguesa, desde sua origem no Latim, a chegada desta ao Brasil com os colonizadores; e no terceiro Capítulo as atuais tendências das pesquisas de Bagno e Freire sobre o preconceito que sofrem as pessoas com menor, ou nenhuma, escolaridade.
No capítulo quatro, foi realizada uma pesquisa de campo com o texto dos alunos de uma classe para Educação de Jovens e Adultos de uma escola pública, própria para eles na cidade de Paranaguá, no litoral do Paraná.
Finalmente foram desenvolvidas as considerações finais as quais comprovam no resultado desta pesquisa como que realmente há preconceito contra as pessoas com pouca ou nenhuma escolaridade, sem levar em conta que elas têm conhecimentos de mundo, habilidades e, principalmente, que conseguem se comunicar sem problemas. Apresentam-se ainda sugestões para dirimir o problema
I Capítulo
1. Paulo Freire e Marcos