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Elionai Aguiar – UVA
Este artigo apresenta o resultado parcial de uma pesquisa maior em andamento para uma monografia a ser apresentada à Universidade do Vale do Acaraú neste ano letivo. Trata sobre o constrangimento por que passa o aluno cuja variante se distancia da variante ensinada na escola. Em um país dimensões continentais como o Brasil é fácil compreender a diversidade linguística, uma vez que todas as regiões têm as suas particularidades linguísticas, sobretudo no nível semântico-lexical. Cabe ao professor de Português facilitar o caminho do processamento cognitivo do aluno. Nosso objetivo é investigar as atitudes linguísticas do professor em relação ao aluno que levam ao constrangimento e o impede de desenvolver competências. Fizemos uma pesquisa de natureza qualitativa, cujo principal instrumento foram as observações de aulas em uma escola da Rede Pública de Ensino e entrevista semiestruturada. Desenvolvemos nossa pesquisa à luz da Sociolinguística, tomando como fonte norteadora os postulados de Marcos Bagno (1994). Pesquisas como essa que coletam os fatos da língua em tempo real contribuem para reduzir o preconceito, e, com isso auxiliam no processo de ensino-aprendizagem da língua portuguesa. Esta pesquisa, portanto, presta-se ao interesse de estudantes pesquisadores da língua, linguistas, sociolinguistas e de todos aqueles que se interessam pela compreensão da língua.
PALAVRAS-CHAVE: Constrangimento. Preconceito linguístico. Variante culta e popular
1 INTRODUÇÃO
Entende-se que a língua é um fenômeno social, pois funciona para a interação entre as pessoas e que ela deve se adequar ao contexto situacional. Como a língua representa a manifestação da vida em sociedade, não se pode conceber o seu estudo isolado da fala, como postulou Saussure (1916) em sua dicotomia langue/parole (língua/fala). No entendimento de que a língua pode ser compreendida em