policia e a sociedade
INTRODUÇÃO
O ser humano possui uma forte tendência de viver em comunidade, por diversos fatores, seja de forma cooperativa ou não.
O convívio em agrupamentos exige determinados procedimentos para garantir o bom funcionamento do organismo, por menor que seja o número reunido, sempre haverá pelo menos um com o dever de zelar pelos bens comuns e costumes, à medida que a comunidade se torna maior, o conjunto de regras cresce em extensão e complexidade.
As sociedades ao alcançarem o status de cidades, do latim “polis”, devidamente instituídas e dotadas de seus diversos instrumentos, um deles tem originalmente o dever de zelar pela ordem, ou seja, manter cada cidadão, “polites”, respeitando e seguindo as leis estabelecidas. As palavras polis e polites derivam do latim “polire” (polir, suavizar, elegante, correto, respeitoso).
A palavra Polícia também tem seu significado diretamente ligado às palavras cidade e cidadão, sendo que se relaciona com o sentido de cuidar das cidades, guardião.
A POLÍCIA NO BRASIL
Antes da vinda da família real ao Brasil, em Minas gerais havia uma força militar de patrulhamento, chamada de Regimento Regular de Cavalaria de Minas Gerais, criada em Vila Velha, atualmente Ouro Preto, no ano de 1775 e paga com os cofres públicos, fazia a manutenção da ordem pública numa época em que as riquezas no Estado, principalmente o ouro, eram destaque.
No Brasil passou-se a ter polícia militarizada em 1809, muito embora a população da época já chegasse aos 4 milhões de habitantes (dados do IBGE), a partir da criação Guarda Real de Polícia no Rio de Janeiro, em 13 de maio do mesmo ano, esta foi a primeira Polícia Militar brasileira.
Devido uma série de protestos históricos, movimentos populares como Sabinada na Bahia, Balaiada no Maranhão e a Guerra dos Farrapos no Rio grande do Sul, veio a sugestão por parte do então ministro da justiça à época, padre Antônio Diogo Feijó, da criação de um Corpo de Guardas Municipais