modelagem
Durante a solução de problemas, devemos ter consciência das limitações que sempre estarão presentes quando da utilização de um modelo na descrição de um fenômeno físico ou na previsão do seu comportamento. Estas diferenças ocorrem devido às simplificações introduzidas para a formulação dos modelos e também porque elas são dependentes da forma de abordagem do problema. A solução perfeita ou a análise completa de um problema é praticamente impossível. Em primeiro lugar, porque ninguém pode conhecer todos os fatores relevantes ou prever todos os seus possíveis efeitos. Em segundo, porque muitos destes fatores, por serem pouco significativos, têm pouca influência no processo e, portanto, podem perfeitamente ser desprezados.
Na prática, ao resolver um problema, é necessário nos afastarmos um pouco do SFR, simplificando-o adequadamente e substituindo-o por outro problema mais simples, que é o modelo. Cabe ao engenheiro, pelo seu julgamento da relevância e influência das diversas variáveis, simplificar o SFR até conseguir representá-lo através de um modelo. Muitas vezes, se a realidade não fosse imaginada de forma simplificada, seria impossível o emprego de um modelo para representá-la.
Em muitas aplicações práticas, o fato de certas condições deixarem de ser satisfeitas não aumenta o erro das previsões, a ponto de anular o valor do modelo. Porém, é sempre possível introduzir algumas simplificações sem prejudicar a utilidade do modelo. Erros de precisão - diferenças entre o previsto e o real - de 5% ou mesmo de 10%, para a maioria dos problemas de engenharia, são perfeitamente admissíveis e, normalmente, não invalidam a solução. Em alguns casos chega-se a erros até maiores e, mesmo assim, não está invalidado o trabalho. Estes resultados muitas vezes são os únicos disponíveis e podem, ao menos, servir de orientação para o projeto preliminar.