Mito e psicanalise
A saúde mental vem ganhando espaço rapidamente nos últimos tempos. Até pouco mais de 20 anos, o espaço dedicado a essas questões era centrado nos hospitais psiquiátricos, e a doença mental era vista como um transtorno bastante grave, do qual era difícil recuperar-se (Brasil, 2009).
Esse modelo vem sendo modificado em diferentes países, e assim o sofrimento mental vem sendo compreendido como uma doença e o acesso aos serviços de saúde mental deve estar disponível à população como os outros serviços de saúde, não havendo necessidade de afastamento ou isolamento da sociedade (Brasil, 2009).
No Brasil, temos vivido o mesmo processo de mudança. Num movimento contínuo, temos enfrentado o desafio de superar o modelo de tratamento da doença mental centrado nos grandes hospitais psiquiátricos e caminhado em direção aos tratamentos de base comunitária. Nossa rede de serviços psicossociais – CAPS, cresceu muito e agora é o momento de solidificar o cuidado na Estratégia Saúde da Família (Brasil, 2009).
Para Organização Mundial de Saúde (OMS) saúde mental é “um estado de bem-estar no qual os indivíduos podem desenvolver o seu potencial de forma plena, podem trabalhar e viver produtivamente e são capazes de contribuir para a comunidade onde vivem” (Brasil, 2009).
Um estudo feito em 2002 mostrou que 154 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de depressão, 91 milhões são afetadas por problemas decorrentes do uso de álcool e 15 milhões sofrem por distúrbios decorrentes do uso de outras drogas (Brasil, 2009).
Alguns dados segundo o Ministério da Saúde ( MS):
• 3% da população geral sofre com transtornos mentais severos e persistentes;
• mais de 6% da população apresenta transtornos psiquiátricos graves decorrentes do uso de álcool e outras drogas;
• 12% da população necessita de algum atendimento em saúde mental, seja ele contínuo ou eventual;
• 2,3% do orçamento anual do SUS é destinado para a Saúde Mental.
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