Resenha - “Capítulo 3 - Surrealismo, mito e psicanálise” Briony Fer

Resenha - “Capítulo 3 - Surrealismo, mito e psicanálise”
Briony Fer

Aluna: Louise Nunes de Mattos

Para falar de surrealismo devemos falar primeiramente de diferença. A diferença tem um papel fundamental, na diferenciação com as outras artes, das próprias produções entre elas mesmas, e para gerar o significado na própria arte. O surrealismo ampliou ao longo de sua história os meio de executar sua arte, se disseminando para além das telas, se transportando para filmes, revistas, objetos, tornando a sua atuação artística pluralizada. Cada artista dentro do surrealismo tinha diferente técnicas de exportar sua “mensagem”, por exemplo, Joan Miró construía suas imagens através de formas discretas e sutis, que delineavam misteriosamente uma imagem sem deixar nítido a ponto de a reconhecer totalmente, enquanto Salvador Dalí pintava detalhadamente suas ilustrações eu um espaço repleto de ilusão e fantasias, sem lógica assim como em um sonho. Apesar das diferenças, algo tinha de comum nessas artes. Elas tinham o papel de desorganizar a realidade que conhecemos, a elevar o expectador a um universo paralelo, cheio de utopias e uma atenção especial as vontades secretas do eu, ao subconsciente. “Não se tratava apensa questionar a realidade, mas também de questionar a forma pela qual ela era normalmente representada.” Pag 172 O surrealismo buscou desde o seu início o afastamento da obrigatoriedade da busca do rótulo, apesar de hora mais, hora menos inevitável. Em algumas edições de suas revistas “La Révolution Surréaliste” o aspecto sexual no surrealismo era bem marcante, com o uma exaltação ao feminino e suas curvas, as formas confusas, entrelaçadas, orgânicas, traçados hora sutis, hora verdadeiramente perturbados envoltos em uma atmosfera erótica. A desconstrução da realidade através da reutilização e a recombinação dos objetos foi algo bem comum como executou Meret Oppenheim em 1936, na obra “Objet: Déjeuner em fourrure” onde, sobre um kit de chá