mito na psicanalise

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Mitos na Psicanálise
"Não será verdade que cada ciência, no final das contas, se reduz a um certo tipo de Mitologia?" (Sigmund Freud)

Morfeu e Íris (1811), de Pierre-Narcisse Guérin

Um mito é uma narrativa tradicional que procura explicar; através de deuses, semi-deuses e herois; os principais acontecimentos da vida como os fenômenos naturais, as origens do mundo e do homem. Além disso, o mito evidencia através de símbolos o modo como uma sociedade entende sua existência, constituindo-se assim uma realidade antropológia fundamental. O mito foi primeira tentativa de explicar essa realidade.

Foi Freud quem ressignificou o conceito de mito, acrescentando que mais do quê uma narrativa antiga (e fantasiosas) de situações históricas e culturais, o mito seria também uma expressão simbólica dos sentimentos e atitudes inconscientes de uma sociedade. Ele utilizou da mitologia grega, para exemplificar suas teorias, inicialmente com Morfeu (para explicar os sonhos), com o mito do Édipo Rei (para explicar a tendência da criança a fixar a sua atenção libidinosa nas pessoas do sexo oposto no ambiente familiar), o mito do herói (o pai que se instaura como lei que proibia o incesto com a mãe), e o mito de Narciso (para explicar imagem exacerbada que os homens possuem de si mesmos).

Morfeu é o deus grego dos sonhos com habilidade de assumir qualquer forma humana e aparecer nos sonhos das pessoas. Morfeu foi utilizado para explicar os sonhos que até então eram vistos como fenômenos que revelavam o futuro para os leigos e simples produto da atividade fiosiológica mental para os cientistas. Freud sistematizou o estudo dos sonhos em sua obra “A Interpretação dos Sonhos” (1900). A mesma, acaba por marcar o nascimento da psicanálise uma vez que delimitou o objeto da psicanálise: as idéias inconscientes. Neste processo os conteúdos mentais que foram reprimidos (excluídos da consciência) vêm à tona, mascarados, mas ao mesmo tempo carregados de

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