gestão e qualidade
O número de 11/1/06, ano 39, Nº 1, ed. 1938, da revista Veja traz uma matéria de capa anunciando, nesta, "Ginástica para o cérebro – ao contrário do que se imagina, TV e videogame [sic] podem ajudar seu filho a ficar mais inteligente". A matéria propriamente dita, nas páginas 66 a 75, tem o título "Imersos na tecnologia – e mais espertos." Reagindo a essa matéria, escrevi um longo artigo, intitulado "Uma matéria de capa, educacionalmente maléfica, da revista Veja", disponível em meu site. Nele, eu critiquei essa matéria parágrafo por parágrafo, mostrando que todos os benefícios apontados para os meios eletrônicos eram falaciosos. No item 4 desse artigo interrompi a análise dos parágrafos e expus várias pesquisas que corroboravam minhas afirmações, mostrando os efeitos negativos da TV, dos jogos eletrônicos, do computador e da Internet em crianças e adolescentes, sendo que os dois últimos foram tocados apenas de leve, pois não eram tratados no artigo da Veja. Naquele item ainda expus várias de minhas justificativas para os resultados das pesquisas estatísticas. Minha ideia, quando escrevi o artigo, era manter aquele item sempre atualizado com dados de novas pesquisas. Infelizmente, outras tarefas impediram-me de concretizar esse último desígnio. Além disso, o artigo já estava muito longo, de modo que sua leitura foi certamente uma tarefa realizada na íntegra por poucos de meus leitores. Resolvi, então, extrair aquele item 4 e, baseado nele, escrever o presente artigo, que contém várias extensões.
Este trabalho acadêmico complementa os inúmeros artigos e livros que escrevi sobre meios eletrônicos e educação, pois neles eu fiz referência a poucas pesquisas científicas, e nenhuma das mais recentes (Setzer 2005, ver também artigos em meu site). No entanto, aqueles artigos contêm considerações conceituais que são apenas levemente cobertas neste trabalho. Assim, eles complementam-se mutuamente. Baseado no presente artigo, que engloba todos os meios