Fator humano
Eu digo que “O Fator Humano” é um livro de espionagem diferente dos outros, como por exemplo “O Buraco da Agulha” de Ken Follet - cuja resenha publiquei há algum tempo – porque é um livro desprovido da ação característica do gênero. Mas isso não quer dizer que o livro é ruim, e sim que é apenas mais lento do que eu esperava. Diferente dos outros, esse é um livro de espionagem que foca mais no lado psicológico dos personagens - aliás, um aspecto bem desenvolvido pelo autor – do que em suas ações. Reações inesperadas, decisões moralmente condenáveis, dúvidas e arrependimentos recheiam as páginas do livro que não se faz só do mundo da espionagem. O amor entre Castle e Sarah recebe um grande destaque e vem a ser uma parte importantíssima da trama. Eu diria que esse é um romance quase tanto quanto é um livro de espionagem. É uma história de amor inserida em um mundo repleto de segredos e desconfianças. Um mundo onde todas as palavras e atitudes devem ser medidas, pois estão passiveis de análise e investigação. Um mundo que torna difícil a sobrevivência de relações afetivas verdadeiras, como a de Castle e Sarah e que exige dos que tentam viver esse sentimento decisões difíceis, quase impossíveis, e para as quais muitas vezes não há volta ou rota de