Estudo historico de edificações Escolares
Este projeto pretende dialogar com a história das instituições educacionais e investigar os debates e as ações que desencadearam as políticas de construção dos edifícios destinados às escolas. Como ponto de partida, serão privilegiadas as concepções oriundas de uma gramática espacial destinada à construção de prédios públicos para a educação de Curitiba (1943-1953) e sua relação com os debates sobre as pegadas deixadas pela cultura no ambiente escolar, pode-se dizer, aquilo que a historiografia tem denominado de cultura escolar. O termo cultura escolar seguirá a perspectiva de Antonio Viñao Frago, como sendo o conjunto dos aspectos institucionalizados que caracterizam a escola como organização, e que inclui: “... práticas e condutas, modos de vida, hábitos e ritos, a história cotidiana do fazer escola – objetos materiais – função, uso, distribuição no espaço, materialidade física, simbologia, introdução, transformação (...) – e modos de pensar, bem como significados e idéias compartilhadas.” (VIÑAO FRAGO, 1994, p. 68)
Para Augustin Escolano, o espaço escolar não é uma dimensão neutra do ensino, tampouco um simples esquema formal ou estruturas vazias da educação. Ao contrário, afirma Escolano que os espaços operam como uma espécie de discurso que instituiu, em sua materialidade, um sistema de valores, um conjunto de aprendizagens sensoriais e motoras e uma semiologia que recobre símbolos estéticos, culturais e ideológicos (ESCOLANO, 1998, p.26). Os espaços ensinam, permitem a interiorização de comportamentos e de representações sociais. Nessa perspectiva, atua como elemento destacado na construção social e histórica da realidade.
Nessa direção, foi analisado o possível vínculo entre os projetos arquitetônicos e a localização espacial das instituições escolares no planejamento urbano da cidade de Curitiba. Ou seja, como a planificação da cidade contribuiu para atender as determinações pedagógicas, apresentadas pelas autoridades de ensino do período