Essência do Conhecimento
O conhecimento significa uma relação entre o sujeito e o objeto1. Devemos, portanto lembrar que o sujeito está no mundo e, também, pode ser considerado como objeto de conhecimento. Logo, devemos indagar a questão da determinação de um sobre o outro: O sujeito determina o objeto ou o objeto determina o sujeito? Essa questão, segundo Johannes Hessen pode ser respondida sem precisarmos estabelecer o caráter ontológico2 do sujeito e do objeto. Nesse caso, estaremos diante de uma solução pré-metafísica3 do problema. Se o resultado for favorável ao objeto, ou seja, se concluirmos que o objeto determina o sujeito teremos um objetivismo. Por sua vez, se o resultado for favorável ao sujeito, ou seja, se concluirmos que o sujeito determina o objeto teremos um subjetivismo. Mas, se incluirmos na análise o caráter ontológico do objeto, duas decisões são possíveis. Ou admitimos que todos os objetos possuem um ser ideal, de pensamento (é o que afirma o idealismo), ou se afirma que, além dos objetos ideais, há objetos reais, independentes do pensamento ( esse é o modo de ver do realismo). Podemos ainda solucionar o problema sujeito-objeto partindo dos princípios últimos das coisas, e determinando a partir disso as relações entre ser e pensamento. Nesse caso, teremos uma analise teológica do problema.
1 - Soluções pré-metafísicas do problema a) O Objetivismo O mundo sensível está defronte ao mundo supra-sensível. E, como os objetos do primeiro revelam-se à intuição sensível, à percepção, os objetos do último revelam-se a uma intuição não-sensível, a contemplação das idéias. O pensamento fundamental da doutrina platônica das idéias revive, hoje, na fenomenologia fundada por E. Husserl. Da mesma forma que Platão, Husserl distingue nitidamente a intuição sensível da não-sensível. O objeto da primeira são os objetos individuais, concretos; o objeto da segunda, ao contrário, são as essências universais das coisas. b) O Subjetivismo