A origem e a essência do conhecimento

HESSEN, Johannes. Teoria do Conhecimento. 7. ed. Coimbra, PT: Arménio Amado, 1978.

A origem e a essência do conhecimento

Thiago Grande

A obra a ser resenhada aborda questões milenares que vem travando conflitos acirrados durante o tempo. Apesar dos grandes conflitos, a origem do conhecimento pela razão e a origem pela experiência são conceitos intimamente ligados. Na antiguidade existiam maiores choques entre elas, pois ainda eram separadas, com o tempo os pensadores foram conciliando os dois pensamentos e criando novos conceitos sobre o conhecimento. O conceito que vê na razão o principal caminho para o conhecimento é o racionalismo. Os pensadores que aderiram a este conceito acreditavam que um conhecimento só é verdadeiro quando é logicamente válido, quando só pode ser assim e não pode mudar, sendo assim em todas as partes. Um exemplo desse tipo de verdade se cria na frase “o todo é maior do que a parte”. Por possuir uma necessidade lógica, esse exemplo é verdadeiro. A matemática serviu perfeitamente a esse conceito, pois é um conhecimento extremamente exato, onde o pensamento impera com independência da experiência. O mais antigo racionalista é Platão. Ele acreditava que existiam dois mundos: o sensível e o suprassensível. O mundo sensível vive em constante alteração, portanto não pode ser verdadeiro. O mundo suprassensível é onde estão todas as ideias e pensamentos, tudo é imutável e verdadeiro. Depois de Platão, com um pensamento um pouco diferente vem Plotino e Santo Agostinho. Para o primeiro, o mundo das ideias da lugar ao Nus, que é um espírito cósmico do universo. Segundo ele, nosso espírito é uma emanação do Nus, sendo totalmente ligado a ele. Então o conhecimento são as ideias de Nus que são transmitidas a nós. Santo Agostinho acreditava que o conhecimento viria de uma inspiração divina. Foi dado aos pensamentos de Plotino e Santo Agostinho o nome de racionalismo teológico. O racionalismo alcançou uma importância ainda maior com