endividamento externo na economia brasileira
Os anos 70 foram um período em que o Brasil apresentou taxas de crescimento bastante elevadas, ao mesmo tempo em que o endividamentoexterno sofreu um forte aumento. O país contraiu uma dívida externa elevada e o déficit em transações tornou-se crescente, tendo como grande responsável o pagamento de juros ao exterior. Assim, afragilidade do país tornou-se evidente em 1982, após a moratória mexicana. A partir daí, houve suspensão de novos créditos, a renegociação da dívida existente foi feita caso a caso pelo FMI e o Brasil deixoude ser receptor e tornou-se emissor de capitais, ou seja, os credores passaram a exigir o pagamento dos empréstimos concedidos no período anterior. Intensificou-se a desvalorização da moeda e o paíspassou a apresentar taxas cada vez mais elevadas de inflação e baixas taxas de crescimento. O desempenho medíocre da década de 1980 fez com que esta ficasse conhecida como a década perdida.
O iníciodos anos 90, por sua vez, presenciou o retorno dos capitais externos ao Brasil. Este movimento se intensificou após a implementação do Plano Real, em meados de 1994, a partir do qual se passou apraticar uma taxa de câmbio valorizada, com vistas a reduzir a inflação. Entretanto, o fluxo de capitais levou o país a um novo ciclo de endividamento. Os déficits em conta corrente tornaram-sesistemáticos, crescentes e insustentáveis no longo prazo. A dívida interna do setor público passou a sofrer fortes elevações e se tornou a principal forma de endividamento público, que antes era liderada pelo