Economia

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FAQ ECONOMIA – CRISE DA DÍVIDA EXTERNA E CRISE FISCAL DO ESTADO
Publicado por Manoel Giffoni em novembro 17, 2010 · Deixe um comentário
Como já apontaram vários autores, os problemas da nossa economia estão sempre associados, direta ou indiretamente, às crises cambiais. (in ECONOMIA BRASILEIRA, 4a edição)
1. Que motivos podem ser apontados para explicar o surgimento e o crescimento da dívida externa brasileira a partir dos anos 1960?
O aumento do endividamento externo do país a partir do final da década de 1960, período de grande liquidez internacional de capitais, se deu em um momento de crescimento expressivo do PIB (o “Milagre Econômico”). Procurou-se associar esse aumento ao crescimento, mas o crescimento das reservas, correspondente a dois terços do endividamento e o fato do mesmo representar apenas 5,3% do financiamento da formação bruta de capital, enfraquecem a posição.
Até 1973, segundo Davidoff Cruz, a balança comercial esteve perfeitamente equilibrada, o que tampouco justifica a captação externa no período. O aumento da dívida pode ser atribuido, portanto, a uma preocupação em assegurar um bom volume de reservas internacionais, tais que essas fossem suficientes para garantir um ano de importações (as reservas brutas anteriormente não eram suficientes para cobrir nem um mês).
Entre 1974 e 77, o endividamento cresceu com o financiamento dos altos déficits em transações correntes causados pelos choques externos, além da decisão de implantar o II PND, financiando os déficits da balança comercial e de serviços. Os grandes investimentos estatais do período também fizeram a participação estatal da dívida aumentar expressivamente (ao mesmo tempo em que houve retração dos investimentos privados). Além disso, os empréstimos passaram a ser feitos a taxas de juros variáveis, que se tornariam cada vez maiores. Isso, junto com o aumento da dívida bruta, tornou o endividamento externo um processo autoalimentado. Entre 1977 e 78, o pagamento de juros já

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