A retomada do crescimento
No período compreendido entre 1968 e 1973 foi observado um significativo aumento da dívida externa brasileira, que até então nunca tinha sido experimentado. Nesse período a dívida externa aumentou em quase quatro vezes
Durante esse mesmo período foi possível constatar um aumento significativo das reservas internacionais, que começaram o período em 0,3 bilhões de dólares, passando para 0,7 bilhões de dólares em 1969, aumentando para 1,2 bilhões em 1970. Em 1971 as reservas internacionais continuam aumentando passando a se constituir em US$ 1,7 bilhões, aumentando 150% em 1972 chegando a US$ 4,2 bilhões, e fechando o período (1973) em 6,4 bilhões de dólares.
Esse aumento significativo da dívida externa brasileira ocorrido no período 1968-1973 coincidiu temporalmente com o ciclo expansivo do chamado "milagre brasileiro". O período do "milagre" foi marcado por altas taxas de crescimento da economia e também por baixas taxas de inflação.
Para entender melhor o que foi exposto é necessário se ter em mente um pouco do que estava acontecendo na conjuntura brasileira e também o que acontecia no resto do mundo.
No período do "milagre" havia uma certa tendência ao endividamento externo. "Devido à condições de prazos e juros oferecidas na década de 70, a captação externa de recursos tornou-se uma alternativa favorável para suprir a deficiência de poupança interna e sustentar a estratégia de substituição de importações"(em sua terceira fase). O governo brasileiro estava decidido a fazer do Brasil um país desenvolvido utilizando como um dos meios de desenvolvimento, o endividamento externo. "Segundo o discurso oficial da época, as tomadas de recursos externos constituíam elementos de vital importância para a viabilização de altas taxas de crescimento do produto interno". "O crescimento acelerado e sustentado seria garantido por essa massa de poupança externa, pois a importação de bens e