Fluxos Financeiros Internacionais para o Brasil desde o Final da Década de 1960
Capitulo 10: Fluxos Financeiros Internacionais para o Brasil desde o Final da Década de 1960
O capítulo gira em torno de exemplificar o comportamento da dívida externa brasileira que vinha crescendo a taxas exponenciais que esteve associado a uma crescente dependência de empréstimos obtidos nos mercados financeiros internacionais (período de alta liquidez internacional, petrodólares).
O aumento da dívida externa líquida correspondeu-se basicamente pela redução do fluxo de Investimento Direto (ID), alterações no nível de reservas e de grandes déficits em conta corrente. Sumariamente a dívida externa líquida era a diferença entre a dívida bruta e as reservas.
Antes da crise do petróleo, a absorção de recursos reais externos foi baixa e a formação de capital foi quase inteiramente financiada com recursos internos.
2- Endividamento Externo Anterior à Primeira Crise do Petróleo (1968-1973)
A dívida pública total de empréstimos oriundos de fontes privadas cresceu exorbitantemente em decorrência do grande aumento do endividamento junto a instituições financeiras. No período de 1968 a 1973, o crescimento das reservas correspondeu nada menos que 2/3 do aumento na dívida externa de médio e longo prazos. Contudo a dívida externa líquida, definida como a diferença entre a dívida externa bruta e as reservas internacionais, aumento em ritmo relativamente moderado, passando de US$ 3,1 bilhões em 1967 para US$ 6,2 bilhões em 1973, a uma taxa anual média de apenas 12,2% com intensas taxas de crescimento muito maiores que no período pós-guerra o que nos anos subseqüentes resultaram nos próximos seis anos consecutivos um rápido aumento nas importações.
Porém esse aumento nas importações fora canalizado com um aumento considerável no coeficiente de exportações (melhores relações de trocas) que fora atribuído à forte expansão da demanda externa, como ambas aumentaram juntas