Cidades Mundializadas
Diante
do
contínuo
processo
de
globalização
que
assistimos
atualmente, muitos estudiosos levantaram a questão de que as cidades tornarse-iam ultrapassadas e cairiam em ‘desuso’ devido à ilimitada expansão das redes globais, aos deslocamentos das empresas e à facilidade do estabelecimento das conexões independentemente do espaço físico urbano.
O que se pode constatar é que assim como alguns dos grandes centros dos países desenvolvidos sofreram o declínio, outras cidades viram o crescimento de seu poder econômico.
O mesmo questionamento se inseriu na colocação de uma discussão paralela, sobre a questão do ‘lugar’. Sugerindo que – oprimido pelo global – sua história, relações e particularidades, se perderiam diante da consideração da homogeneização do espaço.
Observado por um novo viés, o ‘lugar’ deixa de ser determinado apenas como espaço resultante das ações humanas e da natureza num recorte espaço / tempo, para ser compreendido como a expressão singular que integra idéias e sentidos gerados por aqueles que o vivenciam, despertando-lhes os sentimentos de afetividade, identidade e pertencimento.
Segundo a dialética marxista a apropriação capitalista do espaço retrata um processo de personalização dos lugares que reconstroem suas especificidades e expressam o fenômeno global em curso.
Mesmo
com
suas
peculiaridades,
a
expansão
das
conexões,
comunicação e transportes do mundo global contemporâneo, permite que as interações entre os ‘lugares’ se tornem cada vez maiores – hierarquizadas de acordo com suas bases de infra-estrutura disponíveis.
Saskia Sassen concorda que o reconhecimento do valor das diferenças ou características entre as diferentes cidades e regiões urbanas na economia global, demonstra como a história econômica de um lugar influencia o tipo de economia do conhecimento que ele desenvolve. O que contradiz o senso