Empresa rural sucessão
Um dos temas mais delicados, e que precisa ser tratado com muita atenção, na empresa rural familiar é a sucessão. Quase sempre a sucessão da gestão na empresa rural, ou propriedade rural, como muitos ainda insistem em tratar o seu negócio, ocorre de maneira traumática ou inesperada, após o falecimento do patriarca da família. Esta forma de transição ocorre na maioria das empresas brasileiras, urbanas e rurais. Aliás, a imensa maioria das empresas brasileiras tem gestão familiar. Mas vamos nos reportar apenas às empresas rurais. No caso das que nós assistimos 100% são exploradas em regime de gestão familiar. Outra questão: porquê os agentes políticos e entidades de classes e governamentais se reportam à Agricultura Familiar somente aos produtores de pequenas propriedades rurais? E os demais, que exploram de forma econômica os empreendimentos rurais, que empregam, geram renda e possuem gestão familiar devem ficar fora dos benefícios do setor? Este é apenas um raciocínio para que nossos agentes políticos e representantes de classes dos produtores rurais reflitam. Vamos, então, ao assunto principal deste artigo, a sucesssão. Muitos empresários rurais ficam muito satisfeitos e orgulhosos quando seus filhos, ainda jovens despertam o interesse em participar das decisões e dos negócios da empresa. Outros ainda, sem perquerir se os filhos tem interesse ou vocação para o negócio colocam-os a trabalhar na empresa desde cedo, para “dar valor ao negócio” ou então “para saber de onde sai o dinheiro”. Nos dois casos os filhos após dedicarem alguns anos ao negócio da família acabam tomando gosto pela atividade ou porque perderam o “bonde” de outras atividades acabam ficando. Nestes dois casos os filhos, ainda que tenham trabalhado junto com os pais por longos anos, continuaram sob a dependência financeira e de autoridade dos seus pais, mesmo que já tenham constituído suas novas famílias. A dependência e a submissão ao gestor é pior ainda quando