Não verás país nenhum
O livro de Ignácio é uma das obras brasileiras contemporâneas mais atuais e realistas, apesar de ser uma ficção futurista, expondo o homem em sociedade e a relação destes com o meio ambiente. Mais especificamente, o livro é uma abordagem futurista dos resultados sofridos pelo meio ambiente, através do desenvolvimento tecnológico, industrial, que progrediu sem respeitar a natureza e acabou por tornar martirizante as condições de vida no planeta.
O enredo se desenvolve em um mundo a frente do atual, numa sociedade futura, que vive com a herança, em todos aspectos, do desastre natural deixado pela sociedade moderna.
Um personagem principal carrega o enredo, contando, através do seu cotidiano, as dificuldades que a humanidade teve que passar a suportar, quando a natureza não suportou mais a destruição. Por linhas gerais, assim se desenvolve:
A personagem principal mora em um condomínio predial e incita o entendimento de que na cidade já não há quase mais casas, pois não há mais espaço físico horizontal, devido crescimento populacional tamanho. Costuma frequentar um bar, de baixa circulação de pessoas, já que não tem estes grandes prazeres pela vida social, que é sufocante. No bar ele pede um copo de água gelada, devido ao calor insuportável, provocado pelo aumento das temperaturas globais, em vários graus acima dos atuais. O dono do bar, colega seu, diz não ter água, pois já era mito difícil conseguir o tal líquido, mais tinha um certo produto líquido, produzido industrialmente para fins de consumo, substituindo a água; quando se vem a descobrir, o tal produto é urina reciclada. Nossa personagem acha aquilo um absurdo, mas acaba se conformando e é obrigado a matar a sede, que não era pouca, com aquilo mesmo.
Fora do bar, segue a história tendo nosso amigo que deslocar-se pela cidade a fim de resolver algumas questões particulares.Outro problema aparece neste momento, quando ficamos sabendo que para ele se