Educa o Jesuitica
Herança Medieval
A Igreja desempenhou papel vital na sociedade medieval ao longo de quase mil anos. Durante todo esse período toda a atividade estava diretamente ligada à atividade eclesiástica, em virtude de a Igreja desempenhar um forte papel político, social, comercial e religioso. Assim, não é estranha que tenha sido a Igreja a principal fonte de saber e de propagação das ideias dentro da sociedade medieva. A seu cargo estava a função de evangelizar e catequisar a população, de orientar a sociedade para a pratica das normas católicas e suas doutrinas. A Igreja mantinha uma forte ligação ao poder político, criando vínculos estreitos na concepção e ordem da sociedade feudal.
Os costumes e os hábitos eram ditados pela Santa Sé que para refrear os movimentos de reforma e de renovação teve de instituir um mecanismo de controle efetivo da sociedade, a Santa Inquisição, que se tornou uma máquina infernal após o Renascimento.
Das inúmeras tarefas desempenhadas pela Igreja, a vertente do ensino é a que aqui importa salientar. Os conventos e mosteiros eram os locais onde o conhecimento ia sendo materializado através das obras dos monges-copistas. Lá se liam os Clássicos de forma restrita, numa linha de proteção do pensamento cristão e católico, fortemente enraizado na sociedade europeia medieval. Poucas outras pessoas de classe social diversa tinham acesso ao conhecimento e os livros da época não saiam dos claustros. A população era ensinada através da leitura dos Salmos e dos Sermões. Apenas o essencial era divulgado nessas missas, normalmente em latim, imperceptíveis para a maioria dos mortais.
A escolástica era a corrente seguida na Baixa Idade Média, onde o conhecimento era apenas um reflexo teológico da organização social. Tudo girava em torno da necessidade de se afirmar a fé para impedir a contestação da ordem estabelecida, que tinha sido