EDUCAÇÃO POPULAR: UMA EDUCAÇÃO SUPERADA, OU UMA EDUCAÇÃO NECESSÁRIA?
NECESSÁRIA?
Ozélia Vieira da Silva
Pedagoga e especialista em Psicopedagogia e em Ética e Política
Formada pela Universidade Regional do Cariri – URCA e Universidade Federal do Amazonas – UFAM e
Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP.
Educadora de educação Infantil na Rede Pública Municipal na cidade Manaus e colaboradora da RECID – Rede de
Educação Cidadã
Ozélia_vieira@hotmail.com
O objetivo deste artigo consiste em apresentar alguns elementos e argumentos relacionados à relevância de se trabalhar a Educação Popular não só dentro das instituições educacionais, mas em todos os espaços de trabalhos onde seja possível reconstruir uma história de vida digna para a população oprimida.
Objetiva também situá-lo do real contexto em que se encontra o sistema educacional brasileiro, e consequentemente os desafios enfrentados para criar rupturas necessárias e vislumbrar processos de construção do saber que possibilitem a transformação social a partir de uma educação diferenciada. Em se tratando da contextura histórica da educação ao longo dos anos, vamos dar um sobressalto pelas fases pombalinas e jesuíticas, já que ambas refletiram muito sobre o modelo de sistema educacional capitalista que perdura até hoje. Modelo este que preparava e continua preparando a população para competir com o mercado de capital selvagem e não se preocupava e nem se preocupa com a formação integral do ser humano como está prescrito na Constituição Federal de
1988. Apresentamos parte da linha de pensamento do educador Paulo Freire, já que o mesmo desenvolveu processos de construção do saber a partir da história de vida dos atores envolvidos no mesmo processo, sendo esta considerada uma educação dialógica, participativa e transformadora. Por fim apresentamos a necessidade de se ter a Educação Popular como política pública e fazendo parte dos cronogramas das diversas instituições educacionais.