direito e moral
Neste livro de Aristóteles, ele aborda sobre a justiça e a injustiça. De forma bem simplificada, tanto o que infringe a lei quanto o ganancioso são injustos, já o justo é aquele que é honesto e segue as leis. Assim quem não cumpre a lei é injusto e quem cumpre a lei é justo. A justiça não é uma parte da virtude, e sim a virtude inteira. Da mesma forma, a injustiça não é uma parte do vício, mas o vício inteiro.
A justiça é algo proporcional, já a injustiça é algo que diferencia essa proporcionalidade. Uma pessoa, para ser considerada injusta, procura sempre seu próprio beneficio, sendo que para ele não importa o bem da comunidade, se houver a necessidade de ir contra as leis, ele o fará sem hesitar. É visto como ganancioso, desonesto, e assim sendo, uma pessoa não pertinente para uma comunidade, pois trará problemas e desarmonia o que é incoerente com a finalidade da pólis.
Temos dois tipos de justiça, a geral e a particular, sendo a justiça particular diferente do vício completo, e assim também é com a justiça, pois ela tem seu lado particular, que difere do bem completo.
Aristóteles então expõe sua ideia sobre a justiça corretiva, utilizando os termos “perda” e “ganho”, o meio termo entre os dois é como já citei, o igual, que chamamos justo. Portanto, a justiça corretiva será o meio-termo entre perda e ganho.
O homem deve agir voluntariamente, de forma que, se seu ato não foi voluntário, foi forçado, cometidos na ignorância, sem sua escolha, não pode ser considerado justo ou injusto, mas sim inesperado.
Lembra o autor que nem sempre algo injusto é um ato de injustiça, só se tornando um ato quando se comete a injustiça e a injustiça em si é a situação ou ato indicado como injusto. Interessante isso, pois leva a reflexão de que ninguém poder ser considerado injusto de fato sem cometer injustiça, mesmo que demonstre intenção de o ser. Podendo alguém parecer injusto sem nunca se tornar de fato por não cometer tais injustiças.