Direito ambiental
Quebrando o Tabu estreia nesta sexta-feira (3) e trata de tema polêmico
“A gente tem de sacudir a sociedade”. Com essa frase, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso resumiu bem o impacto do tema da maconha nesta segunda-feira (30). FHC é o principal entrevistado do documentário Quebrando o Tabu, que estreia nesta sexta-feira (3).
O filme, que documenta a falência da guerra às drogas, política implementada e exportada pelos Estados Unidos desde 1971, chegará aos cinemas 13 dias depois de manifestantes terem sido brutalmente reprimidos em São Paulo pela Polícia Militar na Marcha da Maconha. O movimento questiona a criminalização do usuário e pretende discutir alternativas à repressão e à prisão, como já acontece em Portugal, onde o consumo diminuiu.
FHC, que atualmente preside a Comissão Global de Política sobre Drogas, diz que essa discussão tem de partir da sociedade, não do Legislativo.
- Depende apenas de se ter as informações pertinentes. Existem setores não informados, mas que tomam partido na questão.
Nesta quinta-feira (2), a comissão irá apresentar um extenso relatório propondo alternativas no assunto.
- Não existem fórmulas, cada país tem de se adaptar. No Brasil, por exemplo, existe o problema social, enquanto na Suíça o uso da droga é encarado como problema de saúde.
Nos últimos três anos, o ex-presidente tem se aproximado da questão e assumido abertamente a descriminalização da maconha e outras medidas que não mandem o usuário para a cadeia. Porém, durante sua presidência (1994-2001), aumentou-se a repressão e tratou-se o usuário como criminoso, importando o modelo político americano – hoje considerado falido até mesmo nos Estados Unidos.
Cardoso faz mea culpa sobre o conservadorismo de sua administração.
- Na época, eu não tinha informação e o tema não estava candente na sociedade.
Quando questionado sobre a eficiência para levantar o