dimensões de hofstede
Distância ao poder
Hofstede (1991) afirma que esta é “a medida do grau de aceitação, por aqueles que têm menos poder nas instituições e organizações de um país, de uma repartição desigual do poder” (p.42). A distância ao poder teve na observação dos valores dos indivíduos com menos poder. No caso de uma elevada distância ao poder os indivíduos superiores e inferiores estão separados, em oposição, quando a distância é pequena há uma aproximação. Dentro das sociedades mais igualitárias encontram-se a holandesa e a escandinava, dentro das menos encontram-se a portuguesa e a espanhola.
Sociedades com pequena distância ao poder têm como principais características a igualdade entre os indivíduos, a independência e colaboração entre superiores e inferiores e um poder mais legítimo e menos coercivo. Por outro lado as sociedades com elevada distância ao poder colocam mais ênfase no poder coercivo, há uma mais desigualdade entre indivíduos e os inferiores dependem dos seus superiores, aos quais devem obedecer (Grande, 2007).
Para além dos motivos, Grande (2007) e também Hofstede (1991) apresentam uma série de fontes de distância ao poder. A primeira é a classe social, depois é o nível de educação e trabalho, um individuo que nasça numa classe social baixa poderá não ter as mesmas oportunidades em termos de educação como um individuo de classe alta, por exemplo, o que influenciará todo o seu futuro pois conseguindo alcançar o ensino superior, em princípio, conseguirá uma ocupação que alguém pertencente a uma classe social baixa talvez nem aspire. Em países com uma grande distância ao poder a mobilidade social é reduzida e as diferenças de tratamento de indivíduo para indivíduo são evidentes. Outra fonte de distância ao poder é a família, em sociedades com um nível elevado de distância ao poder existe um grande respeito e obediência inquestionável por parte dos filhos em relação aos pais e estes relacionamentos tendem a permanecer até ao resto da