Teoria das dimensões culturais - geert hofstede
A teoria da cultura de Geert Hofstede baseia-se num dos maiores estudos empíricos alguma vez desenvolvido sobre diferenças culturais. Nos anos 70, a IBM (na altura já uma empresa multinacional) recorreu a este estudo para tentar explicar porque é que as suas filiais (no Brasil e no Japão, por exemplo) continuavam a ser geridas de maneira muito diferente, apesar de todos os esforços desenvolvidos para pôr em prática procedimentos e normas comuns.
Hofstede tentou então procurar as diferenças no funcionamento destas empresas e chegou à conclusão que as diferenças identificadas adviriam da cultura dos empregados e, em grande parte, da cultura do país de acolhimento. Hofstede descreveu então a cultura como "a programação colectiva dos espíritos que distingue os membros de um grupo humano do outro".
De acordo com Geert Hofstede, não existe um método de gestão universal nem uma teoria de gestão no mundo. A própria palavra "gestão" tem diferentes origens e culturas nos países do mundo. A gestão não é um fenómeno que possa ser isolado dos outros processos que decorrem na sociedade. Interage com aquilo que acontece a nível familiar, escolar, político e governamental. Está obviamente relacionado com a religião e as crenças sobre a ciência.
A cultura organizacional, para Hofstede, é um fenómeno em si mesmo, diferenciando-se em muitos aspectos da cultura nacional. A diferença reside no facto de que as culturas nacionais têm como elemento central os valores, os quais são adquiridos na família, na comunidade e na escola, já as culturas organizacionais diferenciam-se pelas práticas, aprendidas a partir da socialização no ambiente de trabalho.
O modelo das dimensões culturais de Geert Hofstede é um quadro-referência que descreve cinco tipos (dimensões) de diferenças/perspectivas de valores entre as culturas nacionais:
• Distância ao poder: Também chamada de distância hierárquica, é uma medida do quanto os membros menos