Da Realidade à Fantasia
Recentemente o canal televisivo a cabo GNT apresentou um documentário intitulado “A Impostora do 11 de Setembro”, centrado na figura de uma catalã que se fez passar por sobrevivente do atentado ao World Trade Center, tendo enganado autoridades, jornalistas, parentes de vitimas, além de reais sobreviventes. Dizem, os sobreviventes, que passado um tempo da tragédia ainda era necessário continuar falando a respeito, no entanto essa elaboração do passado tornava-se cada vez mais enfadonha para familiares e pessoas de seu convívio, como solução buscaram refúgio numa igreja, em encontros semanais, para essa que eu chamo de tentativa de simbolização coletiva, onde cada participante expunha sua experiência e sua dor com o acontecido. Num determinado encontro surge a figura de Tania Head e, sabe-se lá tomada por que ímpeto, apresenta-se como uma igual, que não só conseguiu sobreviver, como sofreu um ferimento no braço e ainda tivera a infelicidade de perder o noivo que trabalharia na Torre Sul. O relato teria emocionado todos os presentes, pela riqueza de detalhes dramáticos e o exemplo de coragem na luta pela vida, como pano de fundo o sonho de casamento frustrado, devido a trágica morte do nubente, e o vestido em eterna reserva na loja de noivas. Em pouco tempo ela assume a liderança do grupo, a ponto de intermediar com as autoridades administrativas de New York, o direito dos sobreviventes de visitar o Marco Zero, não fosse por algumas atitudes suspeitas e