Julio cortazar: a realidade transformada em fantasia.
Antônio Paulo de Oliveira
Jane Mara da Cunha Ferreira
Rosângela Aquino
Terezinha Toscano
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Autor belga nascido em Bruxelas, escritor argentino filho de pais argentinos. Aos quatro anos Julio Cortázar foi morar em Mendonça.
Foi apontado pela crítica como uma das mais representativas da ficção fantástica de nosso tempo. Iniciou a vida como professor secundário em Buenos Aires e depois recusou uma cátedra universitária, por opor-se ao regime peronista.
Contratado como tradutor pela UNESCO (1952) radicou-se em Paris e tornou-se cidadão francês (1982). Estreou na literatura com o poema dramático “Los reyes” (1949) seguido do seu primeiro livro de contos, “Bestiário” (1951).
Morreu em Paris e seu último livro “Les Autonautes de la cosmoroute” (1982), um livro de viagens, foi escrito em colaboração com sua companheira Carol Dunlop.
Outros livros importantes foram o livro de contos “Final del juego” (1956), “Los prêmios” (1958), seu primeiro romance, “Las armas secretas” (1960), o romance “Rayuela” (1960), o livro de crônicas “Historias de cronópios y de famas” (1962) e a coletânea de contos “Todos los fuegos, el fuego” (1966), o romance 62. Modelo para armar (1968), o romance “Libro de Manuel” (1973) e os livros de contos foi “Octaedro” (1974) e “Alguién que anda por ahí” (1977).
A literatura de Cortázar parte do questionamento vital a cerca do existencialismo, em obras marcadas por um caráter experimental que lhe converte em um dos maiores inovadores da língua castelhana. Para Cortázar, a realidade imediata significa uma via de acesso a outros registros do real, onde a plenitude da vida alcança múltiplas formulações.
O instinto, o azar, o humor e o jogo terminam por identificar-se com a escrita que é a sua vez a formulação do existir no mundo. As rupturas das ordens cronológica e espacial deixam ao leitor seu ponto de vista